terça-feira, 25 de junho de 2013

Dugongo-de-steller

dugongo-de-steller (Hydrodamalis gigas) foi um mamífero marinho da ordem Sireniaque se extinguiu no final do século XVIII. Este animal habitava o mar de Bering, mas o registo fóssil indica que sirénios do género Hydrodamalis habitaram outrora zonas mais extensas do Oceano Pacífico, chegando à costa da Califórnia e do Japão. A espécie foi descrita pela primeira vez pelo naturalista alemão Georg Steller em 1741, numa altura em que já era possivelmente bastante rara.
Este sirénio era consideravelmente maior que os membros actuais da sua ordem, odugongo e o manati, medindo até 8 metros de comprimento e pesando entre 5 a 11 toneladas. O seu corpo era maciço, com cabeça pequena e pescoço indiferenciado. Os olhos eram pequenos, assim como as narinas, e não tinha orelhas. Os adultos não tinham dentes. A cauda era em forma de leque e os membros dianteiros modificados como barbatanas tinham a forma de gancho. Por causa de seu peso e estrutura corporal, o dugongo-de-steller era um animal bastante lento.
O dugongo-de-steller era um animal herbívoro, altamente especializado para ambientes costeiros de águas frias e pouco profundas, ricas em algas e outra vegetação marinha. Era gregário e vivia em manadas, próximo a estuários e embocaduras de rios. Pouco se sabe a respeito dos hábitos de vida ou reprodução, mas supõe-se que formasse casais monogâmicos e que o período de gestação fosse longo. Relatos contemporâneos indicam que as fêmeas davam à luz apenas uma cria, na altura do Outono.

Causa da extinção

A extinção do dugongo-de-steller está claramente associada à chegada ao mar de Bering de pescadores e colonos ocidentais. O animal foi de imediato identificado como fonte de alimento e caçado pela sua carne, que é descrita como tendo textura e sabor semelhantes ao bife de vaca. A gordura era aproveitada para cozinhar ou para as lâmpadas a óleo, e o leite das fêmeas era consumido directamente ou transformado em manteiga. O couro era usado para fabricação de vestuário. No entanto, a caça excessiva não foi o único motivo de extinção. Juntamente com os dugongos, os pescadores danificaram também as populações de lontras marinhas que se alimentavam, entre outras coisas, de ouriços do mar. Com os seus predadores em declínio, a população de ouriços explodiu e, como se alimentavam da mesma vegetação marinha, tornaram-se competidores do dugongo-de-steller. Em 1755 foi emitida uma ordem nos portos piscatórios do mar de Bering que proibia a caça do dugongo-de-steller. Porém nesta altura a espécie já se encontrava em declínio acentuado e um dos últimos animais foi caçado em 1768.

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